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terça-feira, 7 de maio de 2013

It Girl



"It girl" é um termo utilizado para se referir a mulheres, geralmente muito jovens, que, mesmo sem querer, criam tendências, despertam o interesse das pessoas em relação ao seu modo de vestir, de andar, pensar ou ser. As "it girls" têm via de regra o que muitos chamam de "carisma", algo que atrai a atenção para elas. Sua característica mais determinante é serem incomuns, destacarem-se das pessoas comuns e provocar interesse, a ponto de outras pessoas passarem a copiar seu jeito de vestir, falar e/ou agir. Normalmente as "it girls" comportam-se de maneira irreverente e despertam a curiosidade das pessoas sobre o seu modo de vida.
(Wikipedia)

Descobri que sou uma It Girl. Não, não é porque todos admiram meu jeito fashion, meu carisma inigualável e meu fascinante modo de pensar. É porque tenho um transtorno.

Virou moda ter um problema psicológico. É cult se dizer sofrida, espancada pela vida, cheia de cicatrizes na alma. Falando nelas, foi quando me deu o insight de escrever este texto. Numa conversa com uma amiga, ela me contou que numa fan page de borderline no facebook, a menina perguntou pra ela como era o melhor jeito de se cortar.
Oi?

Como assim alguém acha bonito se cortar? Como se fosse algo que podemos estar gritando aos quatro ventos, como uma qualidade a qual ninguém pode se igualar, um prêmio, uma dádiva. Acho que o mundo está mais doente do que eu.

Mas acho que tenho que colocar a bipolaridade no meu diagnóstico, pois mais cult que ser borderline é ser bipolar. Culpa da Britney Spears e seu guarda-chuva ameaçador. Ou da Amy Winehouse. Toda adolescente que se preza, com sua maquiagem carregada, roupa preta brilhando ao sol e olhar sofredor tem que ser bipolar. Tem que ter uma fase de odiar o mundo, porque tenho um transtorno horrível que me faz "feliz" um dia e "triste" em outro. Faz ter um status.

Faça-me o favor. Achar bonito sentir um vazio que a gente não sabe de onde vem, pegar uma lâmina e rasgar a pele, entrar em depressão por dias, meses, sem esperança de ver uma tênue luz ao fim do túnel (eu nem túnel to vendo mais), sentir seu mundo se abrindo aos seus pés porque um cara terminou com você não pode ser achado legal.
Mas é. Ser feliz é last season.

Então criamos um exércitos de mentes sãs procurando insanidade onde não tem. Que admiram a escuridão (talvez seja uma relação com os meigos vampiros da Stephenie Meyer) ao invés da luz. Que querem se espelhar em pessoas com verdadeira dor na alma ao seguir exemplos de superação. 

Já que é cool ser sofrido, pode me colocar aí num topo de algum ranking. Afinal, além de tudo tenho um blog. Melhor do que isso seria se eu postasse vídeos contando minha trajetória e... Ops. Quero fazer isso também.
Que esta loucura do mundo acabe logo, que surja uma nova moda, bolinhas de gude na orelha, sapatilha laranja ao contrário, viajantes do tempo que acabam na terra da magia, eu não sei. Qualquer coisa. 

Afinal de contas, se ser It Girl é isso...Obrigada mas, não obrigada.

Eilan, Borderline Girl

Um comentário:

  1. Não é porque fui eu, mas gostei muito deste texto...

    bjo

    http://borderline-girl.blogspot.com.br

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